terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Aula Quatro - 13.2.2017

     A nossa aula de hoje começou com a professora lendo alguns de nossos blogs, eu estava de cabeça baixa quando ela começou a ler e tomei um susto quando a ouvi falar o titulo deste blog.

 - Esse aqui, Só Letrando! disse ela.

     Porém, após ela ler os diários, fiquei muito feliz pois ela me deu a entender que eu estava no caminho certo. 
     Ao ler nossos blogs, a professora nos levou a concordar com o fato que já somos escritores, realmente o que temos é medo.   
     
     Começamos uma discussão sobre a crônica mil e uma noites do Rubem Alves, que fora lida pela professora Andrea na aula anterior. E tomando como referência esse texto ela nos fez alguns questionamentos:

Qual o objetivo dessa crônica?

Qual grande diálogo que está por traz?

     Realmente essas perguntas foram essenciais para a aula. Ela falou que o bom leitor tem que estar apto para identificar qual "valor" que o texto se refere e uma obra fica boa quando você reconhece o posicionamento do autor.
      A professora colocou pra tocar a música dos Tribalistas - Já sei namorar. A música trazia consigo a ideia que: ninguém é de ninguém e fazendo uma comparação com a crônica do Rubem Alves a  professora colocou em pauta, dois pontos de vista diferentes sobre um mesmo assunto, a questão do Amor Eterno.
      Observando esses dois  textos a professora me levou a entender que não era só de Amor que o Rubem Alves falava, a crônica  Mil e uma noites trazia implicitamente a defesa do tal Amor eterno. Porém, enquanto escritor, ele estava fazendo a defesa de seus ideais. E é disso que a aula falava, da Interdiscursividade, que é a capacidade de "eu" como autor/escritor defender em um determinado texto o meu ponto de vista sobre um determinado assunto, e através disso que o meu leitor consiga compreender essas ideias. Mesmo que as vezes não concorde. E se discordar é até bom, mostra que o autor está no caminho certo, pois, citando a professora Andrea "Em qualquer linguagem existem pelo menos dois posicionamentos, sempre haverá uma luta de classes". Porque nossa palavra se dirige a um conjunto de valores; Os meus enquanto autor e os de meus leitores.

     Interdiscursividade é: Discutir posicionamentos, é a relação de um ponto de vista em relação a outro. Esses pontos de vista tem como base nossos posicionamentos ideológicos.

     A professora falou que: o que faz de um texto um texto, antes de mais nada é o diálogo ideológico. Se você não consegue transmitir a sua ideia, você não é um bom escritor.

     Outro elemento muito discutido na aula foi o da Intertextualidade, usando mais uma vez a crônica do Rubem Alves, a professora nos mostrou como os textos podem ser construídos com base nesse elemento. Na crônica o autor para construir o seu diálogo, utiliza-se da poética ao citar Vinicius de Moraes, entre outros e também cita vários autores conhecidos para dar mais credibilidade ao seu texto. E é isso que é a Intertextualidade : a criação de um texto a partir de outro preexistente, é o diálogo entre dois ou mais textos, que não precisam ser necessariamente de um mesmo gênero. Eu mesmo, nesse texto, quando por várias vezes cito ou me utilizo das palavras da professora Andrea, creio estar "Intertextualizando". 
 A intertextualidade é um fenômeno que pode manifestar-se de diferentes maneiras e vimos essas diversas maneiras no texto trabalhado em aula. 


      No final da aula tivemos a nossa Roda de conversa, que mais uma vez não foi uma roda e só um colega que havia se inscrito na aula passada compareceu, eu um outro colega que tinha se inscrito para a aula "três" se redimiu e também pôde nos apresentar seu livro.
     Dessa "roda" queria destacar a apresentação do livro O retrato de Dorian Grey, trazido pelo nosso colega Gabriel, pois em sua apresentação ele falou que o livro lhe levou a uma reflexão sobre ele mesmo. E é essa reflexão que a literatura pode nos trazer.
     Me inscrevi para o Roda de conversa da próxima aula, confesso que estou um tanto ansioso quanto nervoso, pois esse que vos escreve, não é um amante das leituras. Espero que mesmo assim, consiga efetuar essa difícil missão de transmitir minha a minha experiência e o que eu absolvi da leitura deste livro (próxima postagem eu conto qual) para todos os meus colegas.

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Aula Três - 06.2.2017



     A nossa aula teve inicio com alguns de nossos colegas lendo suas narrativas e compartilhando suas experiências e seus processos de formação como leitores. A partir daí pudemos perceber a diferença que o incentivo a leitura pode trazer para a vida de cada aluno. A professora falou que: "uns tiveram sorte e outros não". E isso é uma triste realidade, enquanto alguns professores têm a preocupação de repassar a seus alunos que ler é essencial para se formar opinião e mostrar caminhos para obterem o gosto pela leitura, outros apenas escondem-se por trás da gramática.
     Em seguida retomamos a discussão sobre leitura e escrita e com base no 2º capítulo do texto  da Mariza Lajolo e da Regina Zilberman, Vimos que a tecnologia nos trouxe uma maior relação da leitura com o tempo real e como a leitura na contemporaneidade nos trouxe diversos tipos de linguagem.
     A  discussão sobre o texto nos mostrou também os caminhos traçados entre leitura e escrita e a evolução dos seus suportes ao longo dos tempos.
     A turma foi dividida em grupos e utilizando nossas narrativas discutimos sobre as marcas de textualidade presentes nelas.
     Por fim tivemos a nossa Roda de Conversa, que não foi bem uma roda, Pois, só um aluno compareceu. Porém, achei sua apresentação muito legal e bastante inspiradora.

Aula Dois - 30.1.2017



     Na aula de hoje discutimos o primeiro capitulo do livro Das tábuas da lei a tela do computador, a leitura e seus discursos, das escritoras Marisa Lajolo e Regina Zilberman. No texto as autoras mostram como oralidade e escrita se entrelaçam e se completam, como uma depende da outra.
     Vimos os três pilares do universo da leitura e escrita, onde pudemos notar como tudo está ancorado em concepções. Também tratamos as diversas formas de uso da linguagem e alguns elementos da textualidade, elementos esse que, como citou a professora, há quem diga: "Fazem de um texto um texto".
     Quando nos foi mostrado pela professora, parte de um determinado blog com um certo erro da gramática normativa, entramos em uma breve discussão sobre a Aceitabilidade, e pudemos ver que ela não é um consenso, pelo contrário, varia de indivíduo para indivíduo.
     Tivemos também a leitura de algumas narrativas feitas por nossos colegas de classe, e achei muito interessante ver as os diferentes caminhos traçados em seus processos de formação como leitores.

domingo, 5 de fevereiro de 2017

Que leitor a escola me formou?

     O hábito de ler, nunca fez parte da minha rotina, eu nunca fui muito fã de livros.
     Em âmbito escolar a leitura para mim sempre foi vista como uma obrigação. Em meu processo de formação a leitura nunca me foi introduzida como algo prazeroso, via em meus professores, simplesmente a obrigação de passar o conteúdo curricular e não a preocupação de formar pensadores, de mostrar como a leitura é essencial no processo de formação do indivíduo e como uma ler além de expandir o conhecimento pode ser um excelente passatempo.
     Gosto de gibis e literatura de cordel, li algumas obras de nossa literatura, foram tão poucas que ainda me lembro os nomes: Menino de engenho, A árvore que dava dinheiro e o Vampiro que descobriu o Brasil (acho que só) e até gostei, mas parei por ai.
     Hoje quase não leio, ás vezes uma noticia na internet ou alguma página de esportes, porém, obras literárias nenhuma, Sinceramente me vejo em estado de comodismo, sempre tive muita preguiça de ler. Espero que tendo dado inicio ao curso de Letras eu me descubra como leitor.

Aula Um - 23.1.2017

           Hoje tivemos nossa primeira aula do curso de letras. Foi uma aula de introdução, onde pude ter uma noção do que seria a matéria, Ler e Produzir”. O ato de ler foi tratado como o item mais importante da matéria e também do curso. Ler é uma necessidade.
      A professora perguntou para nós o que gostávamos de ler e em seguida apresentou vários livros de diversos gêneros que ela estava lendo no momento, achei fascinante o entusiasmo que ela tinha pela leitura, não só ela como também vários colegas de classe. Vi que ler para eles parecia ser algo bastante prazeroso, como saborear uma fruta suculenta ou ouvir uma bela canção. Digo isso, pois esse entusiasmo não tenho ainda, mas, sinceramente espero ter. A professora falou que sua função seria apontar os caminhos para nos encontrarmos como leitores e produtores de textos e que o melhor modo de começar seria achar algo do que gostemos.
      Foi solicitado a narrativa "Que leitor a escola me formou?" Achei esse tema bastante intrigante, pois, fazendo esse resgate de memórias talvez consiga encontrar o motivo da leitura nunca ter se tornado um hobby para mim.